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24 de nov. de 2017

Bombas e tiros matam mais de 200 em mesquita no Egito

Ao menos 235 pessoas morreram e 120 ficaram feridas após homens armados atacarem uma mesquita na península do Sinai, no Egito, com bombas e tiros, disse a agência estatal MENA, citando uma fonte oficial. As vítimas estão sendo transferidas aos hospitais locais, e nenhum grupo ainda reivindicou a autoria. O governo egípcio declarou três dias de luto, e o presidente Abdel Fattah al Sisi, convocou um encontro de segurança de emergência após o ataque, segundo a TV estatal.
O ataque aconteceu na mesquita de Al Rawdah em Bir al-Abad, oeste da cidade de Arish, capital da província do norte do Sinai. Uma bomba explodiu na mesquista, antes de homens armados saírem de quatro carros e abrirem fogo contra fiéis durante as orações de sexta-feira. A TV egípcia estatal mostrou imagens de vítimas cobertas de sangue e corpos cobertos com lençóis dentro do templo.
— Eles atiravam contra as pessoas que deixavam a mesquita — disse um morador cujos parentes estavam no local. — Eles atiraram contra as ambulâncias também.
Ataque com bomba e armas de fogo contra mesquita deixou mais de 100 mortos no Sinai, no Egito, nesta sexta-feira (24) (Crédito: AFP)
Ataque com bomba e armas de fogo contra mesquita deixou mais de 100 mortos no Sinai, no Egito, nesta sexta-feira (24) (Crédito: AFP)

Apesar do ataque não ter sido reivindicado, acredita-se que foi perpetrado por um grupo afiliado ao Estado Islâmico na região. Um chefe tribal disse à AFP que a mesquita é frequentada por adeptos do sufismo, uma corrente mística do islamismo. O Estado Islâmico acredita numa visão puritana do salafismo, um movimento ultraconservador, e considera o sufismo uma heresia. Os jihadistas sequestraram e decapitaram um líder sufista e já raptaram diversos adeptos da vertente.
O ataque foi o maior contra civis e o primeiro contra uma grande mesquita desde que um grupo afiliado ao Estado Islâmico começou sua campanha de violência contra o governo, após as Forças Armadas destituírem em 2013 o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana. Desde então, os grupos extremistas têm multiplicado atentados contra militares e policiais. Sob o impacto de uma repressão severa, a Irmandade Muçulmana, um movimento poderoso que durante muito tempo foi a principal força de oposição no Egito, dividiu-se em várias tendências rivais, entre os partidários e os opositores da ação armada.
As forças de segurança egípcias lutam contra uma insurgência do Estado Islâmico no norte do Sinai, onde militantes vem matando centenas de policiais e soldados há três anos. Os terroristas geralmente têm como alvo a polícia, mas também expandem seus ataques a igrejas cristãs e peregrinos. O afiliado do Estado Islâmico na região se chama Wilayat Sinai e é predominantemente formado por combatentes do grupo local insurgente Ansar Beit al-Maqdis, que jurou fidelidade ao califado do grupo extremista enviando pessoas para lutar na Síria em 2014.
Fieis esperam do lado de fora da mesquita Rawda, alvo de ataque terrorista no Egito  (Crédito: AFP)
Fieis esperam do lado de fora da mesquita Rawda, alvo de ataque terrorista no Egito (Crédito: AFP)

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