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23 de ago. de 2017

Em áudios, presos desafiam agentes penitenciários em novo tumulto na Custódia

Após dois dias de um motim na Casa Custódia, mais um tumulto foi registrado na noite desta terça-feira (22). Presos do pavilhão B entraram em confronto com agentes penitenciários, o que causou desespero em familiares que aguardavam do lado de fora do presídio, de onde era possível ouvir barulho de tiros. Áudios enviados por detentos revelam os momentos de tensão e mostram presos desafiando agentes. 
"É de borracha... pode atirar, bando de vacilo... Isso aí não mata, não... bota o colchão na grade, doido... olha a prevenção da polícia aí, ó... pode atirar, maldito", mostram os áudios enviados por detentos de dentro da Custódia.
A tensão também teve reflexo na área externa do presídio. Sem saber a dimensão do tumulto, familiares aguardavam ansiosamente por informações dos internos.
"Meu marido está aí. Não sei como ele está... eles não dão notícias. Não falam se ele está bem, se está machucado", disse em prantos, a esposa de um detentos.
Membros da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, compareceram ao presídio para acompanhar a situação e ouvir as reivindicações dos presos.
Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o princípio de motim teria sido motivado pela superlotação. A capacidade no pavilhão B é para 80 internos, mas o local abriga 277. 
Policiais da Rone e da Companhia Independente do Promorar foram acionados para reforçar a segurança. Contudo, a situação foi rapidamente normalizada.
"Eles se aglomeraram, começaram a bater nas grades, mas o efetivo da Polícia Militar entrou imediatamente e controlou a situação", declarou
Carlos Edilson Sousa, subsecretário de Justiça do Piauí. 
José Roberto, presidente do Sinpoljuspi, alerta para a necessidade da implementação de medidas urgentes. 
"A Custódia é uma bomba relógio que pode estourar a qualquer momento. Os agentes correm risco de vida diariamente", alerta o presidente do Sindicato.
 No motim realizado no domingo(20) em quatro pavilhões, pelo menos 13 presos ficaram feridos. Na madrugada de terça-feira(22), três ônibus e uma caminhonete foram incendiadas em Teresina em locais diferentes, os crimes mobilizaram a polícia, que investiga se a ordem dos ataques partiram de dentro do presídio. 

Policiamento na Custódia é reforçado
O secretário de Justiça do Piauí (Sejus), Daniel Oliveira, reconhece que o motim, no fim de semana, elevou o estado de tensão nos presídios do Estado. 
"Emitimos orientações para todos os gerentes e diretores de presídios no Piauí e nosso objetivo é gradativamente retomar a situação de normalidade. Os detentos estão fazendo uma espécie de teste, mas estamos mostrando força. Quem está no controle é o estado", disse Oliveira. 
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o secretário também comentou sobre incêndios criminosos a veículos em Teresina que teriam sido comandados por detentos da Casa de Custódia. 
"A Polícia Civil tem dois inquéritos abertos: um sobre o motim; outro sobre os incêndios. Não podemos descartar e nem confirmar a conexão entre os dois eventos. O que podemos afirmar é que reforçamos a política de integração e o policiamento em 20% na Custódia, bem como fizemos transferências de presos", finaliza Daniel Oliveira. 

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